Foi a primeira vez em meses que me senti em casa, embora meus pais não gostem de ouvir isso, essa é a verdade. Foi só o piloto dizer que o pouso estava autorizado e o avião parar em frente aquele 'João Pessoa', já me senti muito mais tranquila. Passar pelos lugares que conheço tão bem, foi revigorante pra mim. Me trouxe uma paz.
Mas é aquela coisa, me sinto triste por não estar lá, por ser um lugar que eu gosto, por estar longe do Diogo quando tudo que eu queria era estar perto. Mas não me sinto triste por não estar na UFPB. Definitivamente aquela faculdade não é pra mim e de várzea minha vida já está cheia. Então, por isso, estou bem feliz de estar aqui e ano que vem ter a possibilidade de estudar em um lugar ótimo, que me fará uma boa profissional e vai me trazer crescimento acadêmico.
Essa viagem foi ótima, mesmo com as coisas chatas, ela valeu a pena.
Tiveram muitos pontos positivos e negativos também.
Nunca tinha viajado pra ficar na casa de alguém, sempre viajei com pacote turístico pra ficar em hotel e quando viajei por conta, foi pra ficar na minha casa.
É bom porque você conhece as pessoas com quem vai ficar, mas também é ruim porque a rotina da casa pode ser bem diferente da sua, você fica sem sua privacidade. Não tem intimidade pra chegar e abrir as coisas, pegar, comer. Eu, pelo menos, não importa o nível de intimidade não faço isso nunca. Então você tem que esperar as pessoas te oferecerem, chegarem com a comida e pode ser que elas nem façam isso. Pode acontecer.
E também teve a tal viagem da Nathane, que eu e o resto das pessoas temos uma opinião sobre o assunto, então não acho que eu seja assim tão louca ou esteja errada. Isso foi tipo o gran finalle pra dar um desanimo total na viagem, mas eu não desisti de nada por isso.
Eu não posso mudar as pessoas, só a minha vida. E não desisto de mais nada por ninguém. Não é só porque colocaram um impecílio no caminho que vou me desfazer dos meus planos.
Me desfaço de planos somente por 5 pessoas e não era esse o caso.
E no final, acabou sendo ótimo os dias que passei no Diogo. Maravilhoso mesmo, aconchegante. Era quase como estar em casa. Até porque eu já considero a casa dele uma segunda casa, de tão frequentadora assídua de lá que sou. E a rotina deles é bem parecida com a da minha casa, o modo de viver, então foi muito tranquilo.
Muitas coisas foram diferentes do que eu esperava. Pra melhor e pra pior também. Mas é bom que a gente vê do que temos que nos manter próximos e do que devemos manter distância.
Notei que saudade é uma coisa bem suportável, embora muita gente ache que não.
Senti saudades de casa, é claro. Mas se visse meus pais e meu irmão por um dia, poderia fica longe por meses sem me preocupar.
Senti saudades de casa, do conforto do meu quarto, de poder zonear meu banheiro, muitas vezes do silêncio.
Mas é tudo muito relevante.
E vi que estou preparada para o mundo. Em momento algum tive vergonha de perguntar algo pra alguém, de tirar dúvidas. Porque é como dizem, quem tem boca chega em Roma.
E gosto muito da minha independência, acho que o tempo de ficar dependendo dos meus pais para atravessar a rua, me levarem na esquina já passou a muito tempo e tenho que ser uma pessoa do mundo.
Então isso foi algo que senti muito. Dependi muito das pessoas lá. Senti falta de poder pegar meu carro e ir pra onde quisesse sem ter que ficar dando muita satisfação.
Mas me virei bem também. Pra quem nem sabia como chegar no Detran sozinha....
Se vou voltar? É claro que sim. Por muitas vezes ainda. E a próxima já está sendo planejada. Quando? Na hora certa vocês vão saber. A parte mais interessada já sabe e por hora isso basta.
O saldo dessa viagem?
Bom, vejamos. Gastei uma graninha e não digo que foi pouco, mas né, viajar é caro mesmo. Ainda mais se você for fazer tudo o que quiser. (Quase tudo no meu caso. Gostaria de ter ido para Areia Vermelha e não deu tempo).
Uma cicatriz na perna, por um arranhão do Hax. Já fazia tempo que não tinha esse tipo de ferimento. A Lika se foi (rip) e desde então não tive lá muito contato com cachorros. Mas isso é café pequeno, logo mais some. Não estou nem preocupada.
Um celular ralado. Deixei ele cair do meu colo na garagem do Diogo quando saía do carro. Não sei nem como não quebrou a tela. Na hora fiquei bem chateada, mas passou, mal dá pra ver o tão arranhão.
Muitas risadas com os meus amigos e namorado. Não existe melhor remédio do que rir.
Um filme de terror com a Nathane que me arrepia de pensar até hoje e me rendeu uma noite mal dormida. kkkkkk
Rabanadas, nunca tinha comido, gostei, mas acho que os cozinheiros fazem melhor que a gente.
Sushi, também nunca tinha comido. Experimentei e aprovei.
Fiz várias coisas diferente com o meu amorzinho, tivemos bastante tempo pra gente e acho que isso foi muito importante para a nossa relação, fortaleceu ainda mais.
Muito carinho, atenção e amor dele comigo e vice e versa.
Trago para minha vida um saldo extremamente positivo disso tudo.
E nos vemos em breve em mais alguns capítulos de "Ah, João Pessoa."
E quem estiver lendo tudo isso e conseguiu chegar até o final, Parabéns!
Você é um (a) guerreiro (a), porque eu escrevo demais.
E todos deveriam visitar João Pessoa. Lugar excelente. Preços muito bons, praias lindas. Sol, sombra e água fresca. Muito relaxante e calmo.
That's all, folks!
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